Nos últimos anos, os pets não convencionais ganharam espaço nos lares brasileiros. Isso porque cada vez mais pessoas se interessam por animais diferentes dos tradicionais cães e gatos, como aves, répteis e pequenos mamíferos. Essa popularização, no entanto, exige atenção e responsabilidade.
Ainda assim, muitos tutores ainda não conhecem terminologias básicas como a diferença entre animais silvestres e exóticos, o que pode levar a erros no momento da aquisição, cuidados inadequados ou até problemas legais.
Neste conteúdo, você vai entender o que diferencia pets silvestres e exóticos, quais são as exigências legais para cada um, e como ser um tutor responsável, consciente e em conformidade com a lei!
O que são pets silvestres?
Pets silvestres são aqueles pertencentes à fauna brasileira, ou seja, espécies que ocorrem naturalmente no território nacional. Isto é, mesmo sendo animais nativos, sua criação doméstica só é permitida quando adquiridos legalmente, com origem comprovada em criadouros autorizados.
Entre os exemplos mais comuns estão:
- Jabutis
- Papagaios
- Jiboias
- Cágados
- Saguis
A criação desses animais é regulamentada pelo IBAMA, e o tutor deve possuir a nota fiscal de origem legal, emitida por um criadouro registrado. Isso porque a posse sem documentação configura crime ambiental, além de comprometer o bem-estar do animal, que pode ter sido retirado ilegalmente da natureza.
O que são pets exóticos?
Pets exóticos são espécies não nativas do Brasil, ou seja, que vêm de outros países e não fazem parte da fauna brasileira. Isto é, apesar de exóticos, muitas dessas espécies se tornaram populares e podem ser legalmente criadas em ambiente doméstico, desde que não representem risco ao meio ambiente local.
Exemplos de pets exóticos incluem:
- Iguanas
- Cacatuas
- Ferrets (furões)
- Calopsitas
- Hamster sírio
- Porquinho-da-índia
Assim como no caso dos silvestres, a legalidade depende da origem e da documentação. Isso porque alguns desses animais exigem registro, enquanto outros, por já serem amplamente domesticados e considerados de baixo risco, não têm exigência de licenciamento específico. Ainda assim, a compra em lojas ou criadouros confiáveis é fundamental.
Legalidade e responsabilidade com pets silvestres e exóticos
Se você deseja ter um pet silvestre ou exótico, o primeiro passo é buscar informações sobre a legalidade da espécie. Isso porque animais silvestres devem ser adquiridos em criadouros autorizados pelo IBAMA, com emissão de nota fiscal e identificação individual. Já os exóticos também devem ser comprados de locais confiáveis e licenciados.
Por isso, evite adquirir animais de origem duvidosa: o tráfico de animais silvestres é uma das maiores causas de perda de biodiversidade no Brasil e constitui crime ambiental, com penalidades que incluem multa e até prisão. Além disso, animais traficados frequentemente sofrem maus-tratos e não recebem os cuidados adequados.
Para saber se um criadouro ou loja é regularizada, consulte os cadastros do IBAMA ou da Secretaria do Meio Ambiente do seu estado.
Cuidados com silvestres e exóticos
Antes de decidir ter um pet silvestre ou exótico, é fundamental entender que esses animais exigem cuidados muito específicos. Isso porque diferente dos pets convencionais, como cães e gatos, eles possuem comportamentos, necessidades ambientais e dietas que precisam ser respeitadas para garantir sua saúde e bem-estar.
Ou seja, mais do que carinho e atenção, esses pets dependem de um ambiente adequado, alimentação correta e acompanhamento com veterinários especializados — como a equipe da Faros.
Conheça os principais cuidados para oferecer uma vida segura, saudável e legalizada ao seu companheiro não convencional.
Ambiente adequado
Animais silvestres e exóticos precisam de ambientes que imitem ao máximo seu habitat natural. Isso significa investir em estruturas como terrários, viveiros, gaiolas amplas ou aquaterrários, dependendo da espécie. A climatização também é essencial: controle de temperatura, umidade, luz solar (ou luz UVB) e ventilação fazem parte da rotina de cuidados.
Isso porque um ambiente inadequado pode comprometer a saúde do animal, afetando desde a digestão até o comportamento. Por isso, cada detalhe deve ser planejado com orientação profissional, garantindo que o pet viva em um espaço seguro, confortável e que respeite suas necessidades naturais.
Alimentação específica e suplementação
Cada espécie tem exigências nutricionais diferentes, e oferecer a alimentação correta é fundamental para o desenvolvimento e longevidade desses pets. Alguns precisam de dietas ricas em proteínas, outros demandam mais fibras, e há aqueles que necessitam de frutas específicas, insetos vivos ou vegetais frescos.
Além disso, muitos animais precisam de suplementação com cálcio, vitaminas e minerais, especialmente quando mantidos em cativeiro. Nesses casos, o acompanhamento de um veterinário especializado é indispensável para ajustar a dieta e evitar deficiências nutricionais ou doenças relacionadas à alimentação inadequada.
Enriquecimento ambiental
O enriquecimento ambiental é uma prática que visa estimular os comportamentos naturais dos animais, reduzindo o estresse e promovendo bem-estar físico e mental. Isso inclui a introdução de elementos no ambiente que incentivem o pet a explorar, brincar, escalar, caçar ou interagir com objetos e texturas diferentes.
Brinquedos naturais, galhos, substratos, poleiros, espelhos (no caso de aves) e até mudanças na disposição do espaço são formas eficazes de manter o pet ativo e saudável. A ausência de estímulo pode levar a comportamentos compulsivos, apatia ou até agressividade.
Necessidade de veterinário especializado
Diferente de cães e gatos, pets silvestres e exóticos precisam de veterinários com formação específica e experiência prática em espécies não convencionais. Isso porque esses profissionais entendem as particularidades fisiológicas, comportamentais e ambientais de cada animal, sendo capazes de oferecer diagnóstico e tratamento corretos.
Na Faros Veterinária, por exemplo, contamos com uma equipe altamente capacitada para atender essas espécies. Isso garante que seu pet receba um acompanhamento completo, desde os primeiros dias em casa até atendimentos preventivos e emergenciais.
Veterinária especializada: por que é essencial para pets silvestres e exóticos?
Como falamos anteriormente, animais silvestres e exóticos possuem características fisiológicas e metabólicas distintas, tornando a veterinária especializada fundamental para a saúde deles. O diagnóstico precoce, inclusive, é essencial, já que muitas doenças nessas espécies são silenciosas e podem se manifestar de forma sutil, como problemas respiratórios ou parasitários.
É aí que exames específicos, como radiografias, ultrassonografias e testes laboratoriais, são necessários para identificar essas condições e garantir um tratamento eficaz.
Além disso, a prevenção e a vacinação são fundamentais, quando aplicáveis. Algumas espécies, como aves e roedores, podem se beneficiar de vacinas e vermifugações, ajudando a prevenir doenças infecciosas e parasitárias. O veterinário especializado também pode fornecer orientações sobre o manejo adequado, controle de parasitas e a alimentação ideal, garantindo o bem-estar do animal.
Manter check-ups regulares é outro aspecto crucial. Afinal, mesmo que o animal pareça saudável, consultas periódicas garantem que o veterinário monitore sua saúde, atualize vacinas e faça exames de rotina.
Curiosidades e mitos comuns sobre pets silvestres e exóticos
Quando se fala sobre pets silvestres e exóticos, muitas informações incorretas circulam, o que pode gerar confusão e até desinformação entre os tutores. Alguns mitos populares podem influenciar decisões erradas na hora de adotar ou cuidar de um animal, sem considerar as necessidades específicas de cada espécie. Por isso, é importante esclarecer essas crenças para garantir que os cuidados sejam adequados e responsáveis.
Conheça alguns deles:
“Todo animal pequeno é exótico”
Muitas pessoas acreditam que todo animal pequeno é automaticamente exótico. No entanto, o tamanho de um animal não determina se ele é ou não exótico. Por exemplo, hamsters, porquinhos-da-índia e calopsitas são pequenos, mas são exóticos, pois não são nativos do Brasil, enquanto outros, como ratos e cobras, embora pequenos, também são considerados exóticos dependendo da sua origem.
A questão fundamental para classificar um animal como exótico é a sua origem: se vem de outro país ou região fora do Brasil, é exótico, independentemente do seu tamanho.
“Se nasceu no brasil, é silvestre”
Esse é outro mito comum. Embora muitos animais nativos do Brasil sejam classificados como silvestres, nem todos os animais nascidos no país são necessariamente silvestres. Por exemplo, espécies de aves como calopsitas e periquitos australianos podem ser criadas legalmente como pets exóticos, mesmo que algumas delas possam nascer em território brasileiro.
“Hamster e calopsita são animais domésticos”
É comum pensar que animais como o hamster e a calopsita são pets domésticos, devido à sua popularidade. No entanto, essas espécies não são nativas do Brasil, sendo exóticas.
A domesticação desses animais foi realizada ao longo do tempo em outros países, mas no Brasil, sua posse e reprodução são regulamentadas por leis ambientais.
“Animais silvestres sempre são perigosos”
Muitos acreditam que todos os animais silvestres são perigosos, mas isso não é verdade. Embora alguns, como certos tipos de cobras e felinos, possam ser de risco, a maioria dos animais silvestres que são criados legalmente como pets não apresentam perigo para os tutores.
Exemplos disso são jabutis, tartarugas, passaros como o curió e até macacos pequenos como o sagui, que podem viver de maneira tranquila e segura em ambiente doméstico, desde que bem cuidados e com os requisitos necessários.
Marque a consulta para o seu pet silvestre ou exótico na Faros
Como vimos, a adoção de pets silvestres e exóticos exige responsabilidade, conhecimento e comprometimento com o bem-estar do animal. Por isso, antes de tomar a decisão de ter um desses animais, é fundamental entender as necessidades específicas da espécie, incluindo ambiente, alimentação e cuidados médicos. Além disso, é essencial respeitar as leis ambientais que regulam a posse e a criação desses pets, garantindo que eles sejam adquiridos de forma legal e sustentável.
Na Faros Veterinária, somos especializados em cuidados para pets não convencionais, oferecendo atendimento personalizado e orientação para tutores que desejam garantir a saúde e a qualidade de vida de seus animais.
Se você tem dúvidas ou deseja saber mais sobre como cuidar adequadamente de um animal silvestre ou exótico, agende uma consulta com nossa equipe e conte com nosso apoio especializado para oferecer o melhor para seu pet.
